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O pop de ontem, hoje, e amanhã...

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Baixe grátis EP de Natália Matos

Por Fabian Chacur

Está disponível para dowload legalizado e gratuito a partir desta terça-feira (1º) um EP com quatro faixas de Natália Matos. As músicas fazem parte do álbum de estreia da cantora e compositora paraense que chegará ao mercado fonográfico em maio. Esse trabalho tem o apoio do Programa Natura Musical, graças a edital de 2012 dedicado à cena musical paraense do qual Natália participou e foi devidamente selecionada entre os vencedores. Faça o download aqui.

Coração Sangrando, uma das músicas integrantes do EP, conta com a participação especial de Zeca Baleiro. Beber Você, Você Não Me Ama, Mas e Cio completam o trabalho. O álbum que sairá em maio traz um total de 11 faixas, assinadas pela própria intérprete e também por nomes conhecidos como Arnaldo Antunes, Rômulo Fróes, Kiko Dinucci, Felipe Cordeiro e Dona Onete, entre outros.

Natália Matos começou a ficar conhecida na cena musical ao participar de rodas de samba e choro em São Paulo, nas quais investia em músicas de Adoniran Barbosa e do repertório de Aracy de Almeida. Seus primeiros shows solos ocorreram em Belém em 2011. Seu trabalho busca misturar elementos de vários estilos da MPB e da música pop, além dos sons regionais oriundos do Pará, sem medo de flertar com o brega.

Ouça Você Me Ama, Mas, com Natália Matos:

Gonzaga Leal esbanja brasilidade em novo CD

Por Fabian Chacur

Com mais de 30 anos de estrada, o cantor e autor pernambucano Gonzaga Leal traz como marca registrada o desejo de mergulhar nas várias sonoridades da música popular brasileira, sem se prender a um único estilo. Seu novo CD, De Mim, lançado pela via independente, é uma boa prova da consistência de sua proposta, com 15 faixas que equivalem a uma bonita viagem pela musicalidade tupiniquim de qualidade.

Nascido em Serra Talhada e radicado desde a adolescência em Recife (PE), Gonzaga tem no currículo atuações em shows e discos de gente do gabarito de Edu Lobo, Boca Livre, Milton Nascimento, Alaíde Costa e inúmeros outros. Já lançou diversos trabalhos individuais, entre os quais O Olhar Brasileiro (2000), Um Tributo a Nelson Ferreira (2002) e Cantando Capiba…e Sentirás o Meu Cuidado (2004).

De Mim inclui em seu repertório composições de autores de vários estados brasileiros, como Altay Veloso, Adriana Calcanhoto, Paulo Cesar Pinheiro, Luiz Tatit, Fábio Tagliaferri e Junio Barreto, só para citar alguns. Os arranjos musicais são minimalistas, delicados e bastante elaborados, um deles assinados pelo grande músico e arranjador Jaime Além, conhecido por seu trabalho realizado há muitos anos com Maria Bethânia.

Com sua voz suave e doce, Gonzaga Leal dá um tom sóbrio e bem pessoal ao repertório. Um dos destaques do álbum fica por conta da participação especial da amiga Marília Medalha, conhecida pelo antológico dueto com Edu Lobo no clássico Ponteio. Aqui, ela divide com Gonzaga as músicas Voo Cego e Deusa da Lua, dois dos momentos mais felizes desse álbum.

A marcante cantora Cida Moreira é a atração da faixa A Janela Da Casa do Tempo. J. Veloso marca presença em Sonho Imaginoso, enquanto Juliano Holanda e Públius comparecem em Ainda Bem Que Eu Trouxe a Viola. Por sinal, a viola brasileira é uma das paixões confessas de Gonzaga Leal, e uma das principais inspirações para sua obra e este trabalho em particular.

Com ótima produção, participação de músicos de primeira linha e apresentação gráfica belíssima, com direito a capa digipack e encarte luxuoso, De Mim é o tipo de trabalho que certamente irá cativar os fãs da música popular brasileira de real mérito artístico, além de ser prova concreta e segura de que a produção independente brasileira continua crescendo cada vez mais em termos qualitativos e organizacionais.

Ouça Água Serenada, do CD De Mim, de Gonzaga Leal:

Rush surpreende os fãs com seu novo DVD

Por Fabian Chacur

O Rush é certamente uma das bandas mais peculiares e bem-sucedidas da história do rock. Há quatro décadas na estrada, o trio canadense não se rende a modismos e por mais que faça shows com belos recursos visuais e de áudio, cativa os fãs pelo lado musical. Raras formações de sua geração continuam tão populares como eles. E o novo DVD, Clockwork Angels Tour, lançado no Brasil pela Universal Music, só reforça esse clima, além de trazer surpresas bacanas.

Clockwork Angels Tour, disponível nos formatos DVD duplo e Blu-ray simples (com o mesmo conteúdo dos DVDs), registra shows realizados nos EUA (Texas e Arizona) programados para divulgar o mais recente trabalho de estúdio do grupo, Clockwork Angels (2012), que atingiu a segunda posição na sempre disputada parada americana, grande prova de popularidade reservada a poucos.

O show é dividido em duas partes. Na primeira, os três amigos investem em canções de várias fases de sua carreira, entre as quais The Big Money, Subdivisions e Far Cry, com direito a um sempre muito esperado solo de bateria de Neil Peart (a faixa Where’s My Thing/Here It Is!), considerado por vários especialistas como o melhor profissional dessa área no rock and roll.

A grande surpresa fica reservada para a segunda parte do show, na qual o Rush mostra dez das doze faixas de Clockwork Angels com o acompanhamento de uma sessão de cordas com direito a cellos e violinos. É a primeira vez que o trio faz uma turnê acompanhado por outros músicos no palco, e a participação das cordas dá ao espetáculo um colorido musical e visual muito interessante que comprova o acerto dessa novidade em sua carreira.

O novo álbum tem um clima de ópera rock na linha das feitas pelo The Who, e agrada. Geddy Lee continua com sua voz aguda e potente, além de ótimo baixista e se desdobrando entre esse instrumento e os teclados, sempre um momento de destaque nos shows da banda. E a guitarra de Alex Lifeson segue sendo eficiente e capaz de nuances agradáveis e riffs pesados, sempre à disposição do time e uma espécie de elo de ligação para o mesmo.

O show traz em sua abertura e encerramento, como de praxe, vídeos feitos especialmente para a ocasião. Desta vez, trazem elfos, castelos e aquele humor peculiar típico do trio. Esses vídeos podem ser vistos na íntegra na generosa seção de extras contidas no vídeo, que também inclui um documentário (infelizmente sem legendas), bastidores e músicas tocadas só nas passagens de som, entre as quais a espetacular Limelight.

A segunda parte do show também inclui, em sua parte final, outro solo de bateria de Mr. Peart e mais clássicos da banda, entre os quais The Spirit Of Radio, a inevitável Tom Sawyer (que nos extras surge em uma divertida versão folk britânica tocada por outros músicos) e a icônica 2112, que encerra o show com chave de ouro. Esse bis final é só com o trio.

Clockwork Angels Tour , o DVD/Blu-ray, é aquele produto que pode perfeitamente não gerar novos fãs para o grupo canadense, mas certamente ajudará aos milhões já existentes no mundo todo a manterem sua admiração pelo trio mais forte do que nunca. E não dá para não respeitar (e muito) uma banda com esse nível de musicalidade e dedicação aos seus admiradores, sempre dispostos a dar o melhor a eles com trabalho árduo e criativo.

Veja cenas de Clockwork Angels Tour, do Rush:

Elis Regina é tema de coleção da Folha

Por Fabian Chacur

A Folha de S.Paulo lançará no próximo domingo (23) a coleção Folha O Melhor de Elis Regina. A compilação reúne 25 livros-CD com boa parte da discografia daquela que ainda hoje, 32 anos após a sua morte prematura, é considerada a melhor cantora da história da nossa música popular. Quem comprar o primeiro volume ganhará o segundo gratuitamente, ao preço de R$ 16,90 (SP,RJ,MG e PR), Saiba mais sobre preços e condições de pagamento dessa obra aqui.

A coleção abrange títulos hoje pertencentes ao acervo da gravadora Universal Music, que possui a maior parte do catálogo da saudosa Pimentinha, e também Elis (1980), único álbum de carreira lançada por ela na gravadora EMI-Odeon. Ficaram de fora os ótimos Essa Mulher (1979) e Saudade do Brasil (1980), lançados pela Warner, e também alguns títulos póstumos dispensáveis, se comparados com os outros contidos aqui, além dos fracos discos iniciais lançados por ela por Continental e CBS.

Fazem parte de Folha O Melhor de Elis Regina maravilhas do naipe de Falso Brilhante (1976), Elis (1972), Elis (1974), Elis & Tom (1974), Elis & Toots (1982) e Ela (1971), só para citar alguns. Cada volume traz textos sobre os discos assinados por críticos como Carlos Calado (editor da coleção), Tarik de Souza, Lauro Lisboa Garcia e Mauro Ferreira, além da seção Memória, resgatando críticas de discos e show entrevistas e reportagens da época.

Além de 21 álbuns que se dividem entre de carreira, ao vivo ou alguns póstumos, a coleção também traz quatro coletâneas com material que não entrou originalmente nesses álbuns e saiu em compactos, álbuns coletivos ou outros tipos de lançamento. O material traz curiosidades como as duas parcerias gravadas por Elis com ninguém menos do que Pelé, as quase bizarras e curiosas Perdão Não Tem e Vexamão.

A única curiosidade fica pela não inclusão de Dois na Bossa (1965), gravado ao vivo em dupla com Jair Rodrigues, levando-se em conta que os volumes 2 e 3 da parceria entre esses dois grandes intérpretes e amigos fazem parte desta coleção. Teria sido algum problema na liberação de músicas ou outro rolo técnico do gênero? Mas isso não invalida essa bela compilação da obra de uma artista inigualável, muito imitada e nunca superada.

Eis os 25 títulos incluídos na coleção Folha O Melhor de Elis Regina:

1Elis (1974)
2Samba Eu Canto Assim (1965)
3Falso Brilhante (1976)
4Elis (1973)
5Dois Na Bossa nº2 (1966)
6Elis (1980)
7Ela (1971)
8Elis (1972)
9Elis (1977)
10Elis & Toots (1982)
11Transversal do Tempo (1978)
12Dois Na Bossa Nº3 (1967)
13Em Pleno Verão (1970)
14O Fino do Fino (1965)
15Show Elis/Miele (1969)
16Elis Especial (1979)
17Elis- Como & Porque (1969)
18Elis (1966)
19Elis Especial (1968)
20Elis Regina In London (1982)
21Elis & Tom (1974)
22Pérolas Raras (2006-coletânea de raridades)
23Esse Mundo é Meu (2012-coletânea de raridades)
24No Céu da Vibração 1 (2012-coletânea de raridades)
25No Céu da Vibração 2 (2012- coletânea de raridades)

Ouça na íntegra em streaming Elis (1980):

Mara Doratiotto inaugura exposição em SP

Por Fabian Chacur

A exposição Pontos de Vista, que traz 20 obras de Mara Doratiotto, será inaugurada nesta terça-feira (18) com vernissage a partir das 18h30 no espaço cultural e restaurante Central das Artes (rua Apinajés, 1.081-Sumaré-SP – fone 0xx11-3670-4040- www.centraldasartes.com.br ). A amostra ficará aberta ao público em geral até o dia 20 de abril, sendo a entrada gratuita.

Mara é biomédica de formação, mas tem ligação com fios e tecidos desde muito cedo em sua vida. Em 1983/1984, fez um curso de tapeçaria com Ana Cordeiro no Sesc Pompeia, e a partir daí começou a se preparar de forma mais intensa nessa área. Ela se aperfeiçoou aprendendo técnicas de tapeçaria artística, tecelagem, tingimento, tapeçaria de recortes e desenho de observação, entre inúmeros outros.

Além disso, ainda interagiu com diversos artistas experientes, o que lhe abriu o caminho para participar, a partir do início dos anos 90, de exposições coletivas no Brasil e no exterior. Mara também deu aulas de tapeçaria e tecelagem, além de realizar workshops sobre bordado e observação de dinâmica, formas e cores da natureza.

Em sua obra, Mara enfoca a natureza, trazendo para o público interpretações delicadas, inspiradas e muito belas dos elementos presentes na nossa vida cotidiana e aos quais frequentemente ignoramos de forma tola e/ou distraída. A artista plástica é também esposa do consagrado cantor, compositor, músico e ator Wandi Doratiotto, conhecido por sua atuação no grupo Premeditando o Breque e por vários (e ótimos) trabalhos como ator.

Ouça Dostoievski, com Wandi Doratiotto:

Fernanda Takai em dois tempos distintos

Por Fabian Chacur

Este 2014 será pelo visto um ano bem agitado na carreira de Fernanda Takai. A cantora e compositora está lançando nesta terça-feira (11) Seu Tipo, parceria com Pitty que faz parte de seu quarto álbum solo, Na Medida do Impossível, previsto para sair ainda este mês pela Deck/Natura Musical. A música pode ser baixada de forma legal e gratuita no site da Natura Musical, aqui .

Na Medida do Impossível traz uma série de parcerias, foi gravado em Belo Horizonte com produção de John Ulhôa e mostra a cantora do Pato Fu explorando vários caminhos sonoros. Mondo Pop já fez vários post enfocando diversos aspectos do disco, com direito a entrevista. Veja a capa do álbum e também leia mais sobre o mesmo aqui.

Sempre aberta a novas experiências, Miss Takai é também a convidada especial da faixa Okinawa, disponibilizada online pelo cantor e compositor capixaba Silva. Você pode ouvir essa ótima canção aqui. Essa canção integra o novo álbum de Silva, Vista Pro Mar, previsto para sair no dia 17 de março pela gravadora Som Livre.

Silva já lançou um álbum anterior, e divulgou em seu site outros três singles de seu novo trabalho, É Preciso Dizer, Universo e Janeiro. Bastante badalado pela imprensa musical no momento, o artista é um dos participantes do elenco do Lollapalooza Brasil, e mostrará as suas canções no dia 5 de abril de 2014 durante o evento em São Paulo, no Autódromo de Interlagos.

Pra Curar Essa Dor (Heal The Pain), com Fernanda Takai e Samuel Rosa:

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Banda Acullia lança clipe para Outro Alguém

Por Fabian Chacur

A banda paulistana Acullia acaba de lançar um clipe para divulgar a canção Outro Alguém. A faixa integra seu segundo álbum, Algum Dia, lançado de forma independente e com distribuição via Tratore. O álbum teve como produtor Rodrigo Tavares, conhecido por seus trabalhos ao lado de artistas como a banda Fresno e o cantor, compositor e músico gaúcho Humberto Gessinger, dos Engenheiros do Hawaii.

Outro Alguém tem forte influência folk/country, e serve como cartão de visitas para uma das vertentes exploradas pelo grupo em seu álbum. O clipe é simples e sem grandes complicações, e ilustra de forma bastante satisfatória a canção, com seu clima de romantismo não realizado mas com ênfase no otimismo em se dar a volta por cima e seguir adiante na busca de uma paixão realmente satisfatória com outra pessoa.

O CD Algum Dia mostra fortes influências de Beatles, Led Zeppelin, Jovem Guarda e do pop rock em geral, com direito a boas melodias, arranjos instrumentais e vocais bem concatenados e faixas bem bacanas, como Outro Alguém, Não Vou Parar, Marina, Temporal e a releitura de Você Não Serve Pra Mim, de Renato Barros e sucesso na voz do eterno Rei Roberto Carlos em suas jovens tardes de domingo.

O Acullia surgiu em 1998 criado por Renato Heredia (vocal, guitarra e teclados), ex-integrante de bandas como Comitatus, Rock Memory e Abbey Road. O time também traz em sua formação Leonardo Haru (guitarra e vocais, ex-Rock Memory, Rockfeller e Nando Reis), Rodrigo Thurler (bateria e vocais, ex-Comitatus e Faiska Trio) e Gustavo Baralho (baixo e vocal, tocou com Sharon Corr e Reginaldo Rossi).

Veja o clipe de Outro Alguém, com o grupo Acullia:

Toni Braxton e Babyface, o retorno

Por Fabian Chacur

Nunca duvide da possibilidade de um grande talento voltar ao topo das paradas de sucesso, após alguns anos de vacas magras. O novo exemplo é Babyface. Depois de um bom tempo fora dos charts, o cantor, compositor, músico e produtor americano retorna ao topo dos charts com Love, Marriage & Divorce, álbum gravado em parceria com outra grande estrela do r&b dos EUA, a cantora Toni Braxton.

Aliás, embora nunca tenham gravado um álbum como dupla, eles possuem um belo histórico prévio. Babyface produziu e compôs músicas para os dois primeiros álbuns de Toni Braxton, intitulados Toni Braxton (1993, primeiro lugar na parada americana) e Secrets (1996, número 2 por lá). Hits como Another Sad Love Song, Breathe Again e You’re Makin’ Me High foram frutos dessa produtiva parceria musical.

Love, Marriage & Divorce vendeu em torno de 67 mil cópias em sua semana de lançamento nos EUA, o que proporcionou ao CD entrar na parada principal da Billboard direto no número 4, algo que Babyface nunca havia obtido anteriormente em sua carreira solo, e que Toni não atingia desde seu álbum Libra, de 2005. O melhor resultado anterior de Babyface havia sido um sexto lugar com The Day (1996).

Na parada específica de rhythm and blues, o casal na área musical foi ainda melhor, tirando Beyonce do topo e atingindo o número 1. O álbum traz canções românticas com a assinatura clássica de Babyface, com direito a sensualidade, instrumental impecável e boas melodias, além de uma combinação muito gostosa das ótimas vozes dele e de Toni. Desde já, um dos grandes lançamentos de 2014.

Kenneth Edmond nasceu na cidade de Indianapolis, Indiana (EUA) em 10 de abril de 1959, e recebeu o apelido Babyface quando tocava com o célebre baixista Bootsy Collins (Funkadelic, Parliament, James Brown). Integrou as bandas Manchild e The Deele, sendo que nesta última tinha a seu lado Antônio LA Reid, com quem criou a gravadora LaFace Records e também uma parceria de grande sucesso em termos de canções pop.

Em seu currículo, Babyface tem dez troféus Grammy e trabalhos com astros como Michael Jackson, Eric Clapton, Aretha Franklin, Whitney Houston, TLC, Boys II Men, Usher, Bobby Brown e inúmeros outros, e é considerado um dos inventores do New Jack Swing, tendência surgida no fim dos anos 80 que ajudou a renovar o rhythm and blues. Toni Braxton foi uma de suas principais descobertas na LaFace.

Veja o clipe de Hurt You, com Babyface e Toni Braxton:

Beck lança o reflexivo Morning Phase

Por Fabian Chacur

Como forma de apresentar à imprensa brasileira Morning Phase, novo trabalho do americano Beck que chega nesta terça-feira (25) às lojas, a gravadora Universal Music promoveu na manhã desta segunda-feira (24) uma audição especial realizada em um estúdio situado em São Paulo no qual o álbum foi executado no formato vinil em condições ideais de reprodução. Nada mais adequado.

Morning Phase é basicamente um álbum folk reflexivo, suave e com forte influência do que se fazia nessa área musical na década de 1970 por artistas como Nick Drake e mesmo a banda Pink Floyd em sua fase The Dark Side Of The Moon (1973) e Wish You Were Here (1975). Violões, guitarras discretas, teclados idem, efeitos suaves, nuances sofisticadas que você vai descobrindo a cada nova audição…

O álbum guarda semelhanças e afinidades com outro disco de Beck, Sea Changes (2002), e não por acaso reúne os mesmos músicos presentes nele, entre os quais se destacam Joey Waronker, que gravou e tocou ao vivo com o R.E.M., e o brilhante Jason Falkner, ex-integrante da banda Jellyfish em seu marcante álbum de estreia e com uma carreira solo excelente que inclui belos discos como Autor Unknown (1996) e Can You Steel Feel? (1999).

Este tem tudo para ser um ano bem agitado para Beck, cujo álbum que o alçou rumo ao estrelato, Mellow Gold, completa 20 anos, com o single marcante Loser. Ele acaba de ser capa da versão americana da revista Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial, e de quebra promete lançar outro álbum ainda em 2014. Isso, além de inúmeros shows.

A marca registrada de Beck Hansen é a inquietude que o levou a explorar as mais diversas sonoridades nesses anos todos, do folk ao funk de verdade, do rock alternativo ao experimentalismo, sempre com sua assinatura própria. Morning Phase, com faixas bacanas como Blue Moon, Walking Eight, Morning, Wave e Unforgiven, prova sua inspiração e capacidade de criar belas melodias e canções.

Ouça Blue Moon, com Beck:

Baixe grátis música nova da Nação Zumbi

Por Fabian Chacur

Cicatriz, música nova da Nação Zumbi, pode ser baixada gratuitamente a partir desta terça-feira (25). A música é a primeira a ser divulgada do novo álbum de inéditas da banda pernambucana, Nação Zumbi, que será lançado pelo selo SLAP (da gravadora global Som Livre) com patrocínio do projeto Natura Musical. O álbum está previsto para chegar ao mercado no mês de abril.

A nova música da banda mais importante do movimento mangue beat, que não lança um trabalho de inéditas desde Fome de Tudo, de 2007, mostra a sua habitual habilidade em misturar sonoridades psicodélicas, rock e a música nordestina, servindo como uma amostra promissora e deixando seus inúmeros fãs com os ouvidos coçando para poder encarar a experiência completa, ou seja, ouvir o novo trabalho em sua íntegra.

A Nação Zumbi surgiu no início dos anos 90, e tinha em sua fase inicial a liderança de Chico Science, com quem gravou seus dois emblemáticos álbuns Da Lama Ao Caos (2004) e Afrociberdelia (2006), este último com direito a parceria com Gilberto Gil em Macô e brilhante releitura de Maracatu Atômico, de Jorge Mautner e Nelson Jacobina.

Quando vivia o auge de sua trajetória, perdeu em 1997 Chico Science, morto em um acidente de carro. Mesmo atordoada com a perda do seu cantor, o grupo juntou os cacos e seguiu em frente, consolidando sua sonoridade densa e ao mesmo tempo dançante e reflexiva, lançando novos trabalhos e fazendo shows pelo Brasil e o mundo, tornando-se o representante máximo do mangue beat e um dos grandes grupos do rock brasileiro de todos os tempos.

Ouça e baixe gratuitamente Cicatrizes, novo single da Nação Zumbi, aqui.

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