Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

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Andy Summers gravará com Roberto Menescal

The PoliceAndy Summers visitou o Brasil pela primeira vez em 1982, quando o The Police fez dois shows no Rio de Janeiro. Desde então, o guitarrista e violonista nos visitou algumas outras vezes, sempre arrancando elogios de fãs e crítica especializada. Pois o músico deve voltar em breve a nossos palcos. Está prevista para o final de novembro uma viagem para cá, na qual Summers não só fará shows como também gravará ao lado de Roberto Menescal, um dos melhores violonistas e produtores brasileiros de todos os tempos e músico seminal para o surgimento e disseminação da bossa nova. E não faltam outras novidades na apertada agenda do músico, que está na estrada desde os anos 60 e tocou com Eric Burdon & The Animals, Kevin Coyne, Soft Machine, Mike Oldfield e Robert Fripp, além, é lógico, de ter integrado entre 1977 e 1983 o The Police ao lado de Sting e Stewart Copeland.

Sairá no dia três de outubro nos EUA, via St.Martin’s Press editora, a autobiografia One Train Later . Pouco depois, outro livro, desta vez com fotos feitas por ele em seus tempos de Police, chegará ao mercado pela editora Taschen, ainda sem título definido. Após 15 anos, o músico assinará a trilha sonora incidental (score) de One Part Sugar, filme estrelado por Danny DeVitto. Também vai ter disco novo, gravado em dupla com o violonista Ben Verdery. O duo já tocou junto no Carnegie Hall, e um dos destaques de seus shows tem sido uma releitura de Bring On The Night , do Police. Ufa!

Para quem é fã do seminal trio, vale também registrar que Everyone Stares , documentário feito por Stewart Copeland a partir das gravações em câmara portátil que fez durante as turnês do Police, será exibido nos EUA no canal Showtime no dia seis de agosto, e lançado a seguir no formato DVD.
Clipe da música Love Is The Strangest Way (1987-CD XYZ )
http://www.youtube.com/watch?v=-pMFxQigWuo&search=andy%20summers
Site oficial de Andy Summers:
http://www.andysummers.com/one+train+later.html

Coletânea goleia líder do Radiohead

Thom YorkeCercado de muita expectativa por parte de público e crítica, o primeiro disco solo de Thom Yorke apresentou um desempenho que pode ao mesmo tempo ser considerado bom e ruim. O lado bom fica por conta de o CD, intitulado The Eraser , ter entrado na parada americana diretamente na segunda posição.

O ruim tem mais itens: o disco vendeu apenas 90 mil cópias para atingir tal posto, muito menos do que os 300 mil exemplares comercializados em 2003 na semana de lançamento por Hail To The Thief , mais recente criação da banda que lidera, e também muito menos do que o CD que atingiu o primeiro posto da parada ianque esta semana.

O vencedor é Now That’s What I Call Music 22 , novo volume da série de coletâneas que reúne 20 grandes sucessos atuais de nomes como Keith Urban, Kelly Clarkson, Nickelback, Daniel Powder, KT Tunstall e Beyoncé, entre outros. A compilação atingiu a marca de 300 mil cópias, portanto, goleando Thom. The Eraser saiu nos EUA pelo selo independente XL Recordings, e ainda não há previsão de versão nacional, pois tanto ele quanto o Radiohead estão sem gravadora, após mais de 10 anos na EMI.

O álbum tem produção de Nigel Godrich, o mesmo dos discos do grupo, inclui nove faixas e é um “bloco do eu sozinho”, pois Yorke se desdobra em todos os instrumentos, investindo em forte sonoridade eletrônica. A loja virtual Amazon.com apelidou o disco de “Kid B”, por perceber algumas semelhanças com o Kid A do Radiohead. Os fãs da banda, por sinal, não precisam se assustar com uma hipotética separação, pois o time encontra-se atualmente em turnê, e um novo trabalho deve sair até o final do ano. Pelo menos oito novas canções estão sendo incluídas no set list dos shows, mas nenhuma das faixas de The Eraser .
Thom Yorke cantando The Clock, do CD The Eraser, voz e violão:
http://www.youtube.com/watch?v=4L-xPDgDZA8&search=thom%20yorke
Site do Radiohead:
http://www.radiohead.com/

Johnny Cash – Número 1, mesmo morto

Johnny CashMorto em setembro de 2003, Johnny Cash continua cultuado pelo público. Seu álbum póstumo American V: A Hundred Highways , acaba de estrear na parada americana, direto no primeiro lugar.

Durante sua produtiva carreira como cantor, compositor e músico, Johnny Cash emplacou inúmeros sucessos nas paradas de todo o mundo, especialmente nas de seu país natal, os EUA. Morto em 12 de setembro de 2003, o Man In Black não perdeu seu poder comercial, como prova um novo álbum póstumo. American V: A Hundred Highways , que o astro concluiu pouco antes de nos deixar, chegou às lojas ianques esta semana, e atingiu o primeiro posto da parada da revista Billboard, a bíblia do mercado fonográfico mundial. O CD vendeu 88 mil cópias, e desbancou o mais recente trabalho da badalada Nelly Furtado. É o primeiro disco de Cash a atingir essa posição desde 1969, quando Johnny Cash At San Quentin realizou tal façanha.

O ótimo resultado comercial do filme feito recentemente em sua homenagem também pode explicar tão expressivo resultado comercial e a renovação de interesse em sua prolífica obra. Curiosamente, American V: A Hundred Highways é o primeiro disco que consegue atingir o topo da parada americana vendendo menos de 100 mil cópias na semana de lançamento desde 1991, quando foi instituído o sistema eletrônico Soundscan de controle de venda de discos nos EUA. O CD traz duas canções escritas pelo artista, Like The 309 (sua última composição) e I Came To Believe , e também músicas assinadas por Bruce Springsteen, Gordon Lightfoot e Hank Williams, entre outros. Gravar o disco ajudou-o a administrar a profunda dor gerada pela perda em maio de 2003 de sua mulher, a cantora June Carter Cash. O disco foi produzido por Rick Rubin, decisivo em termos de revitalizar a carreira do astro do rock e do country, que ganhou novo fôlego artístico e comercial a partir dos anos 90, quando a dupla começou a trabalhar em parceria.

Clipe da música Hurt

http://www.youtube.com/watch?v=vln5C8kholg&search=johnny%20cash
Site oficial do artista
http://www.johnnycash.com/

Quem é esse cara ao lado do Jack White?

Brendan BensonConheça um pouco mais sobre Brendan Benson , o principal parceiro de Jack White na nova sensação do rock, o grupo Raconteurs .
Quando Jack White, líder dos adorados/badalados White Stripes, anunciou a criação de um grupo alternativo, os Racounteurs, muita gente se perguntou a respeito dos colegas de empreitada. Especialmente de seu braço direito, o cantor, guitarrista e compositor Brendan Benson. Houve até aqueles maldosos que encararam o cidadão como uma espécie de sortudo, por se associar no momento certo a um dos músicos mais badalados do rock atual. Pois esses céticos se enganam. A notoriedade chega a Brendan após muitos anos de batalha, e é bastante merecida.

Com 36 anos de idade, Brendan Benson é natural da cidade de Michigan. Seu primeiro disco solo saiu em 1996. Intitulado One Mississipi , o CD equivale a uma bela apresentação de seu trabalho, um power pop com nítidas influências de Beatles, Raspberries, Monkees e outras bandas de pop dos anos 60/70. Isso, com um leve tempero grunge. As deliciosas Bird’s Eye View , Crosseyed e Got No Secrets são os pontos altos. Pena que a gravadora Virgin não tenha feito muito para divulgá-lo, gerando uma briga que tirou temporariamente o artista do cenário discográfico.

Problemas jurídicos resolvidos, Benson voltou em 2002 com Lapalco , estréia na independente V2. Mais uma vez, ele gravou diversas parcerias com Jason Faulkner, ex-integrante do grupo Jellyfish e também dono de uma sólida carreira solo na seara do power pop. A dupla assina sete músicas de One Mississipi e cinco de Lapalco , sendo que Faulkner participou das gravações deste último. A sedutora balada Metarie , o rock Folk Singer e a deliciosa Eventually se destacam, em disco no qual o artista mostra versatilidade tocando vários instrumentos.

Em 2005, surge The Alternative To Love , também consistente e com maravilhas como o rock Spit It Out , a bem sixties The Pledge , a balada pop Biggest Fan e a psicodélica Between Us . Desta vez, assina todas as músicas, e conta com participação de músicos de apoio em algumas faixas, enquanto em outras se desdobra sozinho em vários instrumentos. Brendan estava divulgando este disco quando resolveu se unir ao velho amigo Jack White e criar o Racounteurs.

Informações importantes: depois de ficar anos fora de catálogo, One Mississipi foi relançado de forma independente em 2003, com o acréscimo de nove faixas bônus. Por sua vez, Lapalco e The Alternativa To Love saíram miraculosamente no Brasil, graças à iniciativa da gravadora Sum Records. Procure-os, que vale a pena.
Confira o clipe de Metarie :

http://www.youtube.com/watch?v=2tEfUk6kNjQ&search=brendan%20benson
site oficial de Brendan Benson:

http://www.brendanbenson.com/
endereço de Brendan Benson no site My Space:

http://www.myspace.com/brendanbenson

As 10 melhores músicas com a palavra Rain no título

Beatles_rainRain-The Beatles (1966-CD Past Masters )

Canção psicodélica, espécie de apêndice (ao lado de Paperback Writer ) do álbum Revolver e lançada originalmente em single, tem letra extremamente profunda, uma das melhores de John Lennon.

Rain-The Cult (1985-CD Love )

Faixa de um dos melhores trabalhos da banda inglesa liderada pelo vocalista Ian Astbury e o guitarrista Billy Duffy. Rock básico, ardido, beirando o hard e com uma pegada das mais interessantes.

Rain-Madonna (1992-CD Erotica )

Em fase marcada pelo forte apelo sexual em sua obra, Madonna nos proporcionou essa belíssima balada, que de quebra cita de forma discreta a letra de Here Comes The Sun , dos Beatles.

November Rain Guns ‘N’ Roses (1991-CD Use Your Illusion I )

Balada épica e extensa, na qual Axl Rose e sua turma misturam rock pesado, bela melodia, arranjo de cordas elaborado e um bom gosto nem sempre presente em suas criações. Um clássico do love metal.

Blame It On The Rain- Milli Vanilli (1989- CD Girl You Know It’s True )

Pouco me importa quem canta/toca neste hit. O importante é que essa música, do genial produtor alemão Frank Farian, é um petardo dançante que ainda será reavaliado em um futuro não tão distante.

The Rain, The Park And Other Things- The Cowsills (1967-CD The Cowsills )

Canção deliciosa e de ar ingênuo, típica da era Flower Power, tinha como intérpretes a mãe Barbara e seus seis filhos cabeludos, que anteciparam a Partridge Family em alguns anos. Pop, pop, pop!

Rhythm Of The Rain- The Cascades (1963-CD Greatest Hits )

A deliciosa canção deste grupo vocal americano fez mais sucesso aqui no Brasil na versão Ritmo da Chuva , na voz de um dos primeiros ídolos do rock brazuca, o indefectível Demétrius. Confira as duas.

LedZeppelin_rainThe Rain Song- Led Zeppelin (1973-CD Houses Of The Holy )

Uma das mais delicadas e singelas baladas desta banda britânica, costumeiramente mais associada a canções pesadas, mas cujo lado acústico/baladeiro é dos melhores, com fortes influências folk.

 

Here Comes The Rain Again Eurythmics (1983- CD Touch )

Repleta de teclados e com produção típica dos anos 80, esta canção tem como destaques a sempre poderosa voz de Annie Lennox e uma melodia cativante, além do bom gosto do músico Dave Stewart.

Have You Ever Seen The Rain- Creedence Clearwater Revival (1970-CD Pendulum )

-Rock balada poderoso, com letra inspirada na aterrorizante Guerra do Vietnã e no qual a voz do brilhante John Fogerty, o dínamo propulsor desta banda seminal, cativa de forma eficiente e concisa. Clássico!

Billy Preston – Mais um Beatle no céu

Com a morte do tecladista americano Billy Preston, mais um músico que gravou com os Beatles deixa o plano material e viaja rumo à eternidade. Seu legado é dos mais ricos.

Billy PrestonTecnicamente, o título desta matéria é impreciso. Billy Preston nunca foi um beatle de fato. Mas, de certa forma, esse grande cantor, compositor e principalmente tecladista merece e muito ser lembrado como mais um dos “quintos beatles”, ao lado de George Martin e Brian Epstein, por exemplo. Afinal, é só conferir lá no compacto Get Back/Don’t Let Me Down : o disquinho é creditado a The Beatles With Billy Preston. Só ele teve direito a esta reverência por parte dos Fab Four. E basta conferir sua participação no disco Let It Be , tocando teclados (especialmente o órgão Hammond) de forma magistral e original, para se dar razão aos quatro de Liverpool. Billy nos deixou no dia seis de junho de 2006, vítima de doença renal. Ele estava em coma desde novembro do ano passado. Seu problema de saúde surgiu em 2002 após um transplante de rim que não foi bem sucedido, e o obrigou a ser submetido a constantes diálises. Ele deixou o plano material aos 59 anos de idade, ou seja, ainda muito novo. Uma de suas últimas aparições públicas ocorreu no ano passado, em homenagem realizada a Ray Charles, com quem ele tocou nos anos 60. Preston também participou, em 29 de novembro de 2002, do fantástico show em homenagem a George Harrison realizado no The Royal Albert Hall, em Londres, e eternizado no CD/DVD Concert For George .

Nascido em nove de setembro de 1946 na cidade de Houston, no estado americano do Texas, Billy Preston começou muito jovem sua ligação com a música. Aos dez anos de idade, no finalzinho dos anos 50, participou de St.Louis Blues, filme estrelado por Nat King Cole e que retratou a vida do músico W.C. Handy, considerado um dos pais do blues. Nos anos 60, acompanhou músicos como Sam Cooke e Little Richard, e numa turnê pela Inglaterra em 1962, conheceu os ainda iniciantes Beatles, que ficaram fascinados com seu talento e também queriam saber histórias de Richard, ídolo principalmente de McCartney. Após tocar com Ray Charles e também integrar a banda do programa televisivo Shindig, ele recebeu de George Harrison o convite para gravar pela então recém-criada gravadora Apple. Em 1969, participou das gravações dos discos Let It Be e Abbey Road e lançou dois LPs pela Apple, contando com participações de gente como George, Eric Clapton, Ginger Baker e Keith Richards. Nos anos 70, não só gravou e tocou ao vivo com os Rolling Stones, como também consolidou sua carreira solo, desta vez gravando pelo selo A&M. O cara emplacou duas canções no topo da parada americana, Will It Go Round In Circles (1973) e Nothing From Nothing (1974), participou do filme Sgt.Peppers Lonely Hearts Club Band ao lado dos Bee Gees e de Peter Frampton e também emplacou a balada With You I’m Born Again , ao lado da cantora Syreeta Wright (ex-mulher de Stevie Wonder). Nos anos 80 e 90, sofreu com problemas relacionados ao consumo de drogas e também com a lei que atrapalharam sua carreira, mas chegou a gravar com o Red Hot Chili Peppers, entre outros. Billy Preston é um raro caso de sideman, ou seja, músico que acompanhou grandes nomes do showbusiness, que também conseguiu luz própria. Vai deixar muitas saudades.

George Michael faz turnê na Europa após 15 anos

Cantor, que liderou as paradas de sucesso nos anos 80 e início dos 90, já vendeu mais de 600 mil ingressos para a nova turnê européia, que se inicia em setembro.

George MichaelSe alguém ainda tem dúvidas de que os artistas que viveram o seu auge nos anos 80 estão cada vez mais populares, vale conferir esta notícia. George Michael irá iniciar em setembro deste ano a sua primeira turnê européia em quinze anos. Desde o mês de abril, quando se iniciaram as vendas de ingressos para as 47 datas disponíveis de shows do artista pelo Velho Mundo, já foram comercializados por volta de 600 mil ingressos, segundo o empresário do artista, Michael Lippman. A última grande turnê do autor de Careless Whispers ocorreu em 1991, foi intitulada Cover To Cover, e trouxe o cantor e compositor britânico que completa 43 anos no dia 25 de junho ao Brasil, para dois inesquecíveis shows no Rock In Rio ll, realizado no estádio do Maracanã. Esses dois espetáculos misturaram seus sucessos a releituras de clássicos do soul, pop e disco music. Desde então, ele se envolveu com problemas com a gravadora Sony, lançou poucos discos e se manteve distante dos palcos. Seu mais recente álbum é Patience , de 2004, que obteve repercussão mediana por parte de público e crítica. O repertório dos novos shows, comemorativos de seus 25 anos de carreira, incluirá hits da carreira solo e também do Wham!, duo de muito sucesso que manteve com o cantor Andrew Ridgeley e que encerrou a carreira no seu auge, em 1986. Ainda não há datas marcadas para os EUA e outras partes do mundo,mas Lippman declarou ao site http://www.billboard.com/que será inevitável prosseguir essa turnê pelo resto do planeta. “George Michael está com muita vontade de retomar as turnês”, garante. Tomara que a turnê passe pelo Brasil, pois o cara é fantástico no palco. Quem viu, sabe!

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