Mondo Pop

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Category: Resenhas (page 5 of 70)

Kelly Clarkson divulga duas músicas do álbum Chemistry

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Por Fabian Chacur

No Brasil, os vencedores dos reality shows musicais surgem e somem como que por um passe de mágica. Nos EUA, vários deles conseguem se manter nos holofotes. O maior exemplo de todos é Kelly Clarkson. A cantora e compositora oriunda de Fort Worth, Texas (EUA), que faturou a edição inicial do American Idol em 2002, completou 20 anos de uma sólida carreira, com direito a mais de 25 milhões de álbuns e 40 milhões de singles vendidos no mundo todo. E tem um novo trabalho a caminho.

Chemistry, que será o 10º álbum de sua trajetória musical, sairá em vários formatos pela Warner Music no dia 23 de junho. Como forma de iniciar e também de antecipar a sua divulgação, acabam de ser disponibilizados os singles Mine (ouça aqui) e Me, duas excelentes canções românticas nas quais Kelly mostra que sua linda voz continua em plena forma.

Em declaração enviada à imprensa, a cantora que já fez shows no Brasil explica a inspiração em torno de Chemistry (química, em inglês):

“Ter química com alguém é uma sensação incrível e avassaladora. É como se você não tivesse escolha no assunto. Vocês são apenas atraídos um pelo outro. Isso pode ser bom e ruim. Este álbum guia você por todos os caminhos que a química pode te levar. Decidimos lançar ‘mine’ e ‘me’ ao mesmo tempo porque não queria lançar apenas uma música para representar um álbum inteiro ou um relacionamento. Há muitos estágios de luto e perda neste trabalho. Cada canção é um palco e um estado emocional diferente”.

Me (lyric video)- Kelly Clarkson:

Ghost lançará um EP de covers inesperados, Phantomine

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Por Fabian Chacur

Com mais de 15 anos de estrada,a banda sueca Ghost marcou sua trajetória por um heavy metal rock pontuado por letras inspiradas pelo ocultismo e valendo-se de fantasias e pinturas que ironizam as religiões. Após o estouro de seu 5º álbum, Impera (2022), que atingiu o 2º posto na disputada parada de sucessos norte-americana, eles prometem para o dia 18 de maio um novo EP, intitulado Phantomine.

O trabalho tem tudo para surpreender os fãs, pois traz releituras de cinco hits de outros artistas, sendo que apenas um da sua área de atuação (do Iron Maiden). A primeira faixa divulgada é Jesus He Knows It, do Genesis, que não por acaso tem como tema a exploração mal intencionadas da mídia por parte de algumas religiões. O clipe equivale a uma versão mais hardcore em relação ao do Genesis (veja o clipe original aqui).

Eis as faixas incluídas no EP Phantomine:

See No Evil (Television- 1977)

Jesus He Knows It (Genesis- 1991)

Hanging Around (The Stranglers- 1977)

Phantom Of The Opera (Iron Maiden- 1980)

We Don’t Need Another Hero (Thunderdome) (Tina Turner- 1985)

Jesus He Know It (clipe)- Ghost:

Tuia e Paula Lima fazem um dueto na faixa Paraquedas

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Por Fabian Chacur

Em suas três décadas de trajetória musical, o cantor, compositor e músico Tuia traz como marca estar sempre aberto a novas parcerias. E essa característica se apresenta novamente no single recém-lançado por ele nas plataformas digitais. Paraquedas, escalada para integrar o álbum Versões de Vitrola Volume 2, que a gravadora Kuarup lançará em breve, adiciona mais dois nomes nesse currículo de colaborações bacanas.

A canção foi composta pelo artista em parceria com Roberta Campos, cantora, compositora e musicista que também tem grande destaque na área do folk à brasileira. Para interpretar Paraquedas ao lado de Tuia, foi convidada Paula Lima, um dos grandes expoentes da black music brasileira, que se encaixou feito luva na sonoridade proposta por esta bela canção.

Versões de Vitrola Volume 2 foi gravado e produzido por Fábio Pincwoski no estúdio 12 Dólares em São Paulo (SP), e contas com as participações de Reginaldo Lincoln, conhecido por seu trabalho com a banda Vanguart, e Mário Lima, baterista que atuou com Sandy e a dupla Sandy & Júnior.

Paraquedas– Tuia e Paula Lima:

Kaiser Chiefs divulgam o seu single power pop Jealousy

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Por Fabian Chacur

Após soltar How 2 Dance (ouça aqui), com a participação luxuosa do grande Nile Rodgers (Chic), o Kaiser Chiefs divulga a 2º faixa do que será o seu 8º álbum de estúdio, ainda sem título e data exata de lançamento. Desta vez, temos um power pop curto e vigoroso, Jealousy, daquelas canções sintéticas (pouco mais de 2 minutos) que grudam no seu ouvido e de lá não saem mais.

O vocalista da banda, Ricky Wilson, mandou um texto à imprensa falando sobre a nova fase da sua banda:

“Passamos os últimos 20 anos fazendo música. Algumas foram sucessos, outras foram o oposto disso. Talvez estivéssemos à frente do nosso tempo, talvez estivéssemos presos na nostalgia. Ou simplesmente não eram certas para aquele momento. Nós sempre as amamos, independentemente de qualquer outra pessoa amar ou não. Por isso, foi uma surpresa agradável quando How 2 Dance parecia estar em toda parte. Como músico, uma vez que toda a preocupação e medo do fracasso são removidos, tudo o que resta é a liberdade e a diversão”.

Com mais de 20 anos de estrada, o grupo tem como trunfo o fato de todos os seus sete álbuns terem emplacado o top 10 da parada britânica, sendo o mais recente Duck! (2019). Ele já se apresentaram algumas vezes no Brasil, sempre com ótima repercussão perante o público.

Jealousy (lyric video)- Kaiser Chiefs:

Graham Nash fala sobre a esperança em A Better Life

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Por Fabian Chacur

Em 1970, Graham Nash lançou uma de suas canções mais emblemáticas e belas, Teach Your Children, faixa do álbum Déjà Vu, do Crosby, Stills, Nash & Young. Nela, o cantor, compositor e músico britânico fala sobre a esperança de um futuro melhor a partir da educação dos filhos. Agora, ele retoma o tema em um lindo single que acaba de chegar às plataformas digitais, A Better Life.

Nash escreveu esta bela balada folk em parceria com George Merrill, cantor, compositor e músico americano conhecido como integrante do duo pop Boy Meets Girl (do hit Waiting for a Star To Fall, de 1988) e coautor do megahit How Will I Know (de 1985), de Whitney Houston.

Além dele próprio no vocal, a gravação conta com produção e teclados de Todd Caldwell, que participou de turnês do Crosby, Stills & Nash. Thad DeBrock, conhecido por trabalhos com Suzanne Vega, Renee Fleming, David Byrne e Nelly, se incumbiu de guitarra, mandolim e pedal steel, com baixo e bateria a cargo de Adam Minkoff.

Aos 81 anos, Graham Nash ainda permanece com aquele timbre vocal doce e encantador de seus tempos de Hollies e Crosby Stills & Nash, e nos oferece uma canção de esperança em um futuro melhor, algo extremamente bem-vindo em um momento tão difícil como o vivido atualmente pela humanidade. Uma canção que já nasce clássica.

A Better Life– Graham Nash:

Albert Hammond Jr. divulga um single e lança álbum em junho

albert hammond jr 400x_Credit_Scottie Cameron

Por Fabian Chacur

O 5º álbum solo de Albert Hammond Jr., Melodies on Hiatus, já tem data para ser lançado. Será em 23 de junho, em vários formatos, pelo selo Red Bull Records. Foram incluídas 19 faixas, sendo que a primeira a ser divulgada já está disponível nas plataformas digitais e também com um clipe. E é possível que os fãs da banda que o cantor, compositor e guitarrista americano integra, The Strokes, tenham uma boa (ou não) surpresa ao ouvi-lo. Trata-se de 100-99, com participação do rapper GoldLink.

O single é fortemente influenciado pela ala mais pop do hip hop, e seria provavelmente impensável em um álbum da banda que liderou a retomada do chamado rock alternativo lá pelos idos de 2001. Em depoimento enviado à imprensa, o artista explica a sua abordagem nesta canção:

“Cresci ouvindo hip-hop dos anos 90, e sempre gravitava em direção aos ganchos melódicos nas músicas que ouvia no rádio, especificamente qualquer coisa que o Dr. Dre produzia ou tocava. 100-99 foi algo que eu queria fazer durante muito tempo — trabalhar com um rapper em cima de uma batida e uma partitura de guitarra que escrevi — e é realmente empolgante poder fazer isso com GoldLink”.

Hammond esteve no Brasil em 2022 no Lollapalooza com os Strokes, que lançaram seu 6º e mais recente álbum, The New Abnormal, em 2020. Seu trabalho solo anterior, Francis Trouble, saiu em 2018. Ele é filho de Albert Hammond, cantor e compositor famoso como autor de grandes sucessos como It Never Rains in Southern California, The Air That I Breathe, Don’t Turn Around, I Don’t Wanna Loose You e Easy To Love, entre muitos outros.

100-99 (clipe)- Albert Hammond Jr.:

Fábio Jorge faz uma preciosa homenagem no CD Aznavour

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Por Fabian Chacur

Nada mais lindo e inspirador do que ver um profissional que gosta do que faz e realiza esse ofício do seu jeito, dentro das suas próprias regras e transbordando prazer e total domínio de suas ferramentas. Lógico que esse hipotético ser precisa ter talento, senão, não rola. E eis uma descrição exata para a trajetória musical do cantor Fábio Jorge, que há 19 anos desenvolve uma trajetória impecável. A mais nova prova é o álbum Aznavour, disponível em lindíssima edição física e nas plataformas digitais.

Filho de uma francesa (a saudosa dona Renée) e um brasileiro, Fábio canta habitualmente em francês, e em seus trabalhos mescla o cancioneiro daquele país europeu com músicas brasileiras vertidas para esse idioma (leia mais sobre ele aqui). Em seu álbum anterior, o lindo O Tempo (2021- leia a resenha aqui), ele cantou em português canções brasileiras.

Em seu sexto álbum, o intérprete faz uma linda homenagem a um dos grandes baluartes da canção francesa de todos os tempos, o saudoso Charles Aznavour (1924-2018). Ele mergulhou em um vasto universo de mais de 850 composições e selecionou 12 obras do mestre francês, sendo quatro escritas sozinho e outras oito assinadas com sete parceiros diferentes.

O repertório traz três canções mais conhecidas do público médio e outras escolhidas a dedo. A mais famosa é uma das bem-sucedidas incursões de Aznavour pelo idioma inglês, a encantadora She, que estourou nos anos 1970 com o próprio autor e depois teria inúmeras regravações, incluindo a de Elvis Costello em 1999. As outras são as icônicas Que C’Est Triste Venise (divulgada por um delicioso clipe) e La Bohème.

Com produção do próprio cantor e direção musical, piano, arranjos, gravação e mixagem a cargo de Alexandre Vianna, com quem tem trabalhado de forma constante, o álbum traz como marca arranjos elegantes e de extremo bom gosto, tendo o piano como centro e o auxílio luxuoso de músicos do gabarito de Toninho Ferragutti (acordeon), Rafael Lourenço (bateria) e Ubaldo Versolato (clarinete), entre outros.

Com essa roupagem musical, Fábio Jorge consegue a façanha de não clonar as interpretações marcantes do próprio autor, sem no entanto subverter suas melodias e letras. Ele incorpora as canções e dá a elas interpretações cativantes, nas quais mostra ter um controle absurdo em relação a seus recursos vocais, usando-os com aquela categoria que só os craques possuem.

Aznavour, o álbum, é para se ouvir de ponta a ponta, pois equivale a um show, com uma faixa se encadeando à outra de forma orgânica e proporcionando um prazer auditivo imenso. As sutilezas dos arranjos são muito inteligentes, como abrir o álbum e a faixa Que C’Est Triste Venise com um solo de acordeon, um dos instrumentos mais imediatamente ligados à música francesa tradicional.

Outra sacada inteligente ficou por conta de tornar She a única interpretação voz e piano do álbum, diferenciado-a das versões mais conhecidas da mesma. E vale também registrar a ótima ideia de incluir em Comme Ils Disent um texto em português de Fábio no qual ele traduz o conteúdo da letra da canção, que fala sobre um personagem de Paris que de dia é decorador e estilista e à noite transformista, em uma boate, com a marcante frase na qual a pessoa se define como “homossexual, como eles dizem”.

Ouvir um trabalho como este é um privilégio, como ressalta o belíssimo texto assinado pelo produtor musical Thiago Marques Luiz no encarte do CD. É a obra de alguém que não faz concessões para poder oferecer ao seu público o que ele tem de melhor. Tive a honra de entrevistar Charles Aznavour, e tenho certeza de que ele amaria ouvir esta bela homenagem. Deve estar ouvindo no céu, e parabenizando dona Renée pelo seu talentoso filho.

Que C’Est Triste Venise (clipe)- Fábio Jorge:

Belinda Carlisle lança single em inglês e promete EP para maio

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Por Fabian Chacur

Conhecida por integrar a banda The Go-Go’s e por uma carreira solo bem consistente, a cantora norte-americana Belinda Carlisle curiosamente não lançava um novo trabalho individual em inglês desde A Woman & A Man (1996). Desde então, ela nos ofereceu os álbuns Voilá (2007), trazendo clássicos do pop francês, e Wilder Shores (2017), com cânticos orientais.

Pois a artista acaba de distribuir nas plataformas digitais Big Big Love, canção escrita pela consagrada compositora norte-americana Diane Warren, que já havia proporcionado um grande hit a Belinda em 1987 com I Get Weak. A faixa, um delicioso pop-rock com toda a cara de anos 1980, será uma das 5 faixas do EP Kismet, programado para sair em 17 de maio.

Aos 64 anos, Belinda Carlisle volta e meia faz shows com as Go-Go’s, banda que em sua fase de maior sucesso (1978 a 1985) lançou três álbuns de muito sucesso, entre eles We Got The Beat (1981), que atingiu o topo da parada americana, façanha para uma banda totalmente feminina.

A partir de 1986, Belinda iniciou uma carreira-solo que rendeu a ela hits como Heaven is a Place on Earth e I Get Weak e participações especialíssimas de artistas do porte de George Harrison, Bryan Adams e Brian Wilson em seus oito álbuns individuais.

Big Big Love (clipe)- Belinda Carlisle:

Smokey Robinson esbanja alma na bela How You Make Me Feel

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Por Fabian Chacur

No finalzinho de janeiro, Smokey Robinson divulgou o single If We Don’t Have Each Other, e mostrou que estava em belíssima forma como compositor e cantor (leia mais e ouça essa canção aqui). Para comprovar que a fase é mesmo sensacional, o cantor e compositor estadunidense volta com mais uma pérola inédita.

Também composta por Smokey, How You Make Me Feel investe em uma sonoridade soul na qual o cantor encontra espaço para esbanjar sensualidade e categoria. A canção está sendo divulgada por um clipe repleto de belas cenas entre casais que foi divulgado nesta sexta (10), e que ilustra de forma impecável o romantismo da letra.

As duas faixas já divulgadas vão integrar o álbum GASMS, seu primeiro álbum de estúdio em seis anos, que chegará ao mercado musical no dia 28 de abril. Se o resto do material tiver a mesma qualidade dessas amostras, podemos nos preparar para um álbum antológico deste grande mestre da música pop, que completou 83 anos no último dia 19 de fevereiro.

How You Make Me Feel (clipe)- Smokey Robinson:

Yusuf/Cat Stevens faz um lindo cover de Here Comes The Sun

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Por Fabian Chacur

Desde que voltou ao universo da música pop em 2006, após mais de 20 anos se dedicando a religião, Yusuf/Cat Stevens tem nos proporcionado música da mais alta qualidade, além de shows encantadores. Para deleite de seus milhões de fãs mundo afora, ele homenageia o aniversário de 80 anos do saudoso George Harrison com uma belíssima releitura acústica de Here Comes The Sun, gravada originalmente pelos Beatles em 1969 em seu icônico álbum Abbey Road.

Excelente violonista, Yusuf se vale basicamente do mesmo arranjo criado pelo autor, inclusive se valendo do mesmo tom. A canção parece ter sido feita sob medida para a sua linda voz. O resultado agrada em cheio, e mostra que quem sabe um álbum com releituras das composições do autor de Something possa ser um projeto bem bacana para este ótimo cantor, compositor e músico de 74 anos.

Here Comes The Sun– Yusuf/Cat Stevens:

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